Quero-quero

Na UPP de Promoção VI estamos realizando - ainda não finalizamos - intervenções de caráter sócioafetivas e culturais, envolvendo a Promoção e Educação da Saúde com adolescentes da casa de passagem Quero-Quero a partir de um cronograma pré-definido. O local de abordagem é uma casa de passagem de pequeno porte, localizada na zona sul de Porto Alegre, a princípio com 10 vagas de acomodações. Lá possui regime de coeducação, que atende as solicitações e determinações de abrigagem de adolescentes vinculados a atos infracionais. Este local tem buscado através de sua metodologia realizar um trabalho individualizado e em pequenos grupos, investindo no fortalecimento dos laços familiares, procurando oferecer um espaço que se aproxime da realidade de um lar, com adequadas condições para um bom desenvolvimento entre os adolescentes que lá se encontram. 

O foco das nossas intervenções na casa é o conhecimento das diretrizes e dos principais objetivos da modalidade de abrigagem de adolescentes, sob a responsabilidade do Poder Público - Prefeitura de Porto Alegre -  o funcionamento do processo de atendimento social orientado com o consentimento das famílias e preservando o direito dos adolescentes a terem uma convivência com seus familiares.

Nossa primeira visita realizada na Casa de Passagem Quero-Quero ocorreu do dia 25 de Setembro de 2014. Ao chegarmos à casa encontramos o monitor da UPP (Andrei) e com o monitor da casa. Depois entramos para os fundos da residência onde já estavam alguns dos adolescentes, que nos ajudaram a carregar cadeiras para quiosque, onde nos reunimos para conversarmos e nos apresentarmos. 

Já nossa segunda intervenção ocorreu dia 13 de novembro e sentimos que os meninos já se sentiram  mais à vontade. Levamos papel pardo, tintas e canetas coloridas para que eles pudessem escrever, pintar ou desenhar o que sentissem vontade. Estamos organizando um festival de cunho artístico que será realizado na próxima semana. Alguns dos meninos irão cantar e dançar. Outros farão pinturas. Um deles fará a abertura do festival  e irá apresentar um poesia. Tudo será de cunho autoral.

Estamos ansiosos e bem otimistas com o resultado final de nossas intervenções.


Eu faria a escolha pelo curso de Saúde Coletiva novamente?

Ontem durante a nossa última aula de tutoria a prof. Cris fez várias perguntas. Uma delas me fez refletir muito durante a noite em casa. Eu faria a escolha pelo curso de Saúde Coletiva novamente? Na hora respondi que não sabia, porque realmente para eu achar essa resposta eu precisei fazer uma retrospectiva do últimos anos da minha vida até aqui. E isso eu não teria feito em segundos, então...

Para chegar na resposta dessa pergunta tive que olhar para a Michelle de alguns anos atrás. Acho que uma pessoa bem diferente do que sou hoje. 

Me considero fechada, mas antes eu era bemmmmmm mais. Lidar com o público era para mim motivo de insônia e gastrite nervosa. Imagina, apresentar um trabalho simples da faculdade já foi motivo para tremedeira, "churrios" e insônia. 

Estar em um lugar diferente sem ninguém conhecido também era motivo de desistir do plano. Só fazia algo se tivesse alguém conhecido comigo. Não suportava a ideia de ficar rodeada por estranhos sem nenhum rosto amigo por perto. Desde que me tornei aluna da UFRGS, fui e  vou tranquilamente sozinha a diversos eventos, palestras, cursos, congressos, etc. Não sinto mais problema nem fobia estrema de estranhos como tinha antes. Óbvio, me sinto mais confortável quando um colega vai comigo por exemplo, mas 90% dos eventos que fui ao longo dessa graduação fui sozinha.

Tenho Lattes desde 2007. Só passei a usá-lo quando entrei na Saúde Coletiva.

Antes o máximo de contato que eu tinha com os professores era para pedir uma explicação de algo que não tinha entendido em aula - e isso era raríssimo. Preferia ficar com a dúvida do que me "expor" na frente dos outros. Hoje meu relacionamento com professores é 100% diferente e não me sinto inferior em tentar puxar algum tipo de conversa.

E muitas outras coisas que dariam um livro se eu fosse listar.

Se eu faria novamente a escolha pela Saúde Coletiva?

A resposta é: com certeza!

Nunca tive medo nem vergonha de dizer que não morro de amores por esse curso, entretanto esse curso me mudou como pessoa. Muitas questões que eu nunca havia parado para pensar antes, hoje além de eu ter o conhecimento, ainda tenho subsídios para discutir e até uma opinião (formada?) sobre tais assuntos.

Planos para o futuro? Ainda não sei exatamente! Só sei que quero continuar a ser a cada dia uma Michelle melhor. 

E que venha 2015 e nossa formatura! :)



Visita CEREST


Fizemos uma visita muito bacana ao CEREST (centro de referência da saúde do trabalhador). Lá são realizadas diversas ações voltadas para a saúde do trabalhador. Além da assistência ao trabalhador em sí – consultas, acompanhamento de profissionais da saúde e encaminhamentos a exames laboratoriais – o CEREST Regional/POA faz parte de uma comissão normativa de risco em acidentes com materiais biológicos. Há também um trabalho na questão do uso dos agrotóxicos, que o objetivo é sensibilizar os trabalhadores que utilizam estes produtos e os profissionais que interagem com estes trabalhadores sobre o tema. Uma ação constante do grupo de profissionais do CEREST  é a divulgação da questão do trabalho infantil. Ainda, é comum que membros da equipe participem de eventos, capacitações e ações de educação permanente de profissionais de diversas áreas - para a notificação da doença oriunda do trabalho, o que tem resultado em melhora na qualidade da informação descrita nos documentos recebidos pelo CEREST, demonstrando assim a incorporação da categoria trabalho como um determinante do processo saúde/ doença dos indivíduos. A equipe entende que a identificação dos agravos deve ser realizada por todos os profissionais da Rede e não somente pelo CEREST, e a alta subnotificação se deve ao desconhecimento da importância das questões trabalho/ saúde e suas implicações nos indivíduos.
O CEREST Poa não realiza ações de vigilância de maneira fiscalizatória como em outros estados do Brasil. Sua proposta é contribuir para a mudança de más condições de trabalho afim de reduzir o adoecimento e os acidentes, dessa forma possui uma proposta educativa e não punitiva. 
Foi muito rico e proveitoso saber um pouco sobre este tão importante serviço de saúde e o quanto se adoece por consequência do trabalho e pelo trabalho. 




Trabalho - Aniver Grazy!


Iniciação Científica

Logo que entrei no curso me sentia perdida. Muito mais do que hoje obviamente... 

Um dia vi um bilhete em mural do corredor que dizia algo do tipo " vaga para bolsista em projeto de  leptospirose canina em um reassentamento". Achei interessante. Gosto de saber sobre doenças e amo cães, então entrei em contato.

A prof. Marilise marcou uma conversa e depois agendamos um "teste", para ver se eu gostava e iria querer ficar no projeto. 

Minha primeira ida no reassentamento foi um "teste" em todos os sentidos. De todas as vezes que fomos lá, a primeira foi a pior sem sombra de dúvidas. Foi um misto de pena, nojo, dor no coração e ao mesmo tempo raiva de ver aquelas pessoas tão "atiradas" como estavam. Me doía ver os cães sem nada de pelo, pura sarna. Aliás eu sentia coceira, pois já tive escabiose - peguei de um filhote de cão que resgatei certa vez. Pois então, os cães eram sarnentos, pulguentos e multilados. Os carrapatos subiam pelas paredes de algumas casas. Com as pessoas não era nada diferente. As crianças eram sujas e cheias de piolhos. As pessoas também tinham escabiose e muitas estavam doentes - com HIV e TB. Mas apesar de tudo, eu gostei de estar ali, de ter aquele tipo de contato com aquela realidade.

Então me tornei bolsista de iniciação científica. E foi a melhor decisão que tomei desde que entrei na Saúde Coletiva, pois foi a partir desse momento em que passei a aprender na prática (desde o primeiro semestre) um pouco da teoria aprendida em sala de aula.

Fui bolsista de iniciação acho que por uns 7 meses. Apresentei no SIC da UFRGS de 2012. Depois minha bolsa terminou mas falei para a prof. Marilise que gostaria de dar continuidade ao trabalho. Foi então que me tornei bolsista da Prof. Márcia Monks (prof da medicina veterinária) que trabalhava em outro projeto no mesmo local - andávamos sempre em grupo. Então passei a ser bolsista de extensão em um projeto sobre DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos).

Meses depois, quando ambos os projetos já estavam no final, a Marilise falou sobre o projeto na Reprodução Assistida no HCPA e eu prontamente me candidatei à vaga de bolsista de IC novamente. Foi 1 ano e 2 meses trabalhando com a enfermeira Suzana Zachia e foi MUITO BOM novamente. Aprendi tantas coisas... coisas que se eu tivesse (somente) fazendo o curso que eu amo - medicina-  é bem provável que eu não tivesse aprendido. Apresentei em dois SICs com esse projeto, o da PUCRS do ano passado e o desse ano da UFRGS.

No momento sou oficialmente bolsista de iniciação científica do PROFUSA (Projeto Fumo e Saúde). Oficialmente pois ainda estamos finalizando publicações do projeto do HCPA, uma cartilha de educação ambiental para o Reassentamento Porto Novo e vou começar muito em breve o projeto do meu TCC, que também será no HCPA.

Está sendo com certeza a "cereja do bolo" da minha formação como sanitarista, e tenho certeza que ainda muitas coisas bacanas estão por vir :)

















Afinal, o que é ser um sanitarista?

Essa é uma pergunta que escuto constantemente. 

- Michelle, tu tá fazendo uma graduação na UFRGS né?
- Sim, Saúde Coletiva.
- mmm... E o quê isso faz?
- Sabe que até hoje não sei direito. Brincadeira, trabalha com saúde pública.
- OK. Mas trabalhar com saúde pública é uma coisa muito ampla...
- É exatamente isso!

Ser um sanitarista é ser especialista em saúde pública/coletiva. Por isso é algo tãoooo amplo. É possuir conhecimentos sobre Epidemiologia, Administração, Planejamento em Saúde e Ciências Sociais ao mesmo tempo, não podendo se esquecer da Estatística, Ecologia, Geografia, Antropologia, Economia, Sociologia, História e Ciências Políticas. Ser um sanitarista é ter também o conhecimento de regras e padrões sanitários ( elaboração, controle e fiscalização),  e todo esse conhecimento tem por objetvo final proteger a saúde da população, a saúde coletiva, não prestando assistência individual. Isso é ser um sanitarista.







Semana de imersão

Na semana de imersão em Saúde Coletiva a UPP de Vigilância e Promoção se uniram para uma visita com olhar mais apurado e interdisciplinar no "nosso território".

Visitamos novamente todos os locais já conhecidos mas dessa vez prestando atenção em alguns detalhes que antes haviam passado desapercebido.

A Ana Maia - funcionária da Vigilância de alimentos da Prefeitura- nos ajudou nesse novo enfoque. 



O veneno está na mesa 2

Fomos na Assembleia Legislativa assistir à estreia do documentário " O veneno está na mesa 2". 

Após o término do filme, ouve uma rodada de perguntas do público a alguns palestrantes.

Esse assunto é de grande interesse da saúde pública, uma vez que há longo prazo a ingestão de agrotóxicos podem causar danos irreversíveis à saúde.


Brainstorm

Em uma das aulas de Promoção V desenvolvemos um "Brainstorm" dos problemas que nosso grupo encontrou no território.

O prof. pediu que usássemos um determinado tipo de raciocínio para ligar as causas até o problema central - nó crítico - que no caso era a alta incidência de animais sinantrópicos.

No final da noite, o lugar onde mais possuiu linhas de ligação até o problema, era onde deveríamos focar nossas ações.

Foi um exercício bem proveitoso!



Churras da Tchurma










Curso Controvérsias em Mastologia


No início desse semestre fiz o curso de Controvérsias em Mastologia no HCPA.

Foi muito legal! Na minha opinião, foi muito informativo e interessante o conteúdo abordado (apesar do público alvo do curso ter sido estudantes de medicina - ativos -  e especialistas da área).

Narrativa

                                    
 
Uma Sanitarista em formação.

“A Saúde Coletiva pode ser considerada como um campo de conhecimento de natureza interdisciplinar cujas disciplinas básicas são a Epidemiologia, o Planejamento/Administração de Saúde e as Ciências Sociais em Saúde” (Paim & Almeida Filho, 2000, p.63). Ou então, como afirma Garcia (apud Paim & Almeida Filha, 2000, p.70) “o objeto da Saúde Coletiva é constituído nos limites do biológico e do social e compreende a investigação dos determinantes de produção social das doenças e da organização dos serviços de saúde e o estudo da historicidade do saber e das práticas sobre os mesmos”.

No dizer de Jairnilson de Souza Pain, o SUS precisa de pessoas graduadas em Saúde Coletiva. Precisa de pessoas com perfil profissional que as qualifiquem como atores estratégicos e que tenham identidades específicas não garantidas por outras graduações disponíveis. Portanto, longe de se sobreporem aos demais integrantes da equipe de saúde, esses novos atores – os graduados em Saúde Coletiva -- vêm se associar de modo orgânico aos trabalhadores em saúde coletiva.

Jamais havia passado na minha cabeça fazer o curso de Saúde Coletiva. Reconheço que sempre tive afinidades e ideais voltados à saúde pública, mas ao mesmo tempo, imaginava que esta seria um alvo muito além de minhas possibilidades pois teria de encarar uma luta significativa contra um SISTEMA pré-existente e com muitos adeptos e além do mais, com muitos interesses em jogo, ou seja uma briga de gente grande. Assim, graduar-me em Saúde Pública era para mim, um ideal bem distante, quase inatingível. Mas pelo visto,o universo tinha outros planos.

E aqui estou.

Entrei no curso meio que de “pára-quedas”, pensando que seria apenas um plus na medicina -- que é outra graduação que planejo retomar em breve.

E não é que agora, sob a influência direta do curso de Saúde Coletiva, estou pensando seriamente em ser médica-sanitarista? Mesmo sabendo que terei de enfrentar a desvalorização, os baixos salários, a perda de status no setor público e a falta de incentivo na graduação, acredito que me encaixo e MUITO nesse perfil, pois embora viva batalhas constantes pelos meus sonhos e pelo que considero correto, sempre tenho olhos abertos e críticos para as injustiças sociais que são praticadas no dia a dia, principalmente na área da saúde, com as pessoas que vivem em vulnerabilidade social.

Uma das minhas grandes inspirações nessa trajetória é Osvaldo Cruz, que foi um grande cientista, médico, epidemiologista, bacteriologista e sanitarista. Um pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Em 1900 ele fundou no Rio de Janeiro o Instituto Soroterápico Nacional, atualmente Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente. Seus feitos têm iluminado minhas intenções na área da saúde pública.


Mas o que tenho feito, objetivamente, para me transformar na profissional que almejo ser?
Venho trilhando alguns caminhos. No primeiro semestre em que comecei a cursar Saúde Coletiva, tornei-me bolsista de Iniciação Científica da professora Marilise Mesquita. Iniciei trabalhando num projeto da prevalência de leptospirose canina, num um reassentamento urbano aqui da capital. Depois, ainda no mesmo reassentamento, trabalhei num projeto sobre doenças transmitidas por alimentos (DTAs). Na sequência, juntamente com o restante do grupo de bolsistas, iniciamos a confecção de um material educacional – cartilha – sobre os dois assuntos tratados e pesquisados junto aos moradores reassentados. As cartilhas estão em fase de “impressão” na gráfica da UFRGS. Nesse meio tempo, trabalhei também numa pesquisa sobre o perfil étnico racial das mulheres que acessam o serviço de Reprodução Assistida do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foi um trabalho interessante e bastante produtivo que resultou em Artigos e Resumos para Congressos. Embora gratificantes os resultados que surgiram dos trabalhos que venho realizando em prol da formação profissional que almejo, há um resultado que para mim tem importância especial. Trata-se da oportunidade -- de ouro -- que tenho de me aproximar das pessoas, conhecê-las melhor, ver um pouco além das aparências e saber melhor de suas necessidades e demandas. Considero essa ‘aproximação’ um fortalecimento básico, digamos estrutural, que aprofunda meu entendimento sobre o mundo da Saúde Coletiva.

Os outros cursos, capacitações, extensões, jornadas, congressos e salões de iniciação científica que venho fazendo no decorrer de minha graduação, tem sido de grande valia para meu crescimento. E faço fé, para que aconteçam ainda muito mais experiências e aprendizados, mas tenho consciência de que minha caminhada está apenas começando. No meio de tantas expectativas, aprendizados e dúvidas que sempre surgem com a apropriação do conhecimento, posso dizer que de uma coisa tenho certeza: ter saúde não tem nada a ver com a gente não adoecer, mas com as condições que cada um de nós tem de enfrentar nossas próprias doenças quando acontecerem. A gente fica doente, é natural, faz parte de nossa humanidade. Mas então, o que fazer? Foco na saúde coletiva. É a Saúde coletiva imbricada na medicina. Ou vice-versa.




Referências:
ELIAS, P.E. Graduação em Saúde Coletiva: notas para reflexões. 2003
PAIN, J.S. Graduação em Saúde Coletiva: subsídios para um debatenecessário. 2009

TEIXEIRA, C.F. Graduação em Saúde Coletiva: antecipando a formação do Sanitarista. 2003

Mapa Falante - Promoção V

Na semana seguinte ao reconhecimento do Território fizemos a construção do "Mapa Falante". Conforme Ferreira e Pereira, 2013, o Mapa Falante é um tipo da produção de Dados para a pesquisa que associa de forma simples e lúdica, o conhecimento técnico-científico, a arte, a criatividade e a sensibilidade.

Para isso,  nos reunimos em sala de aula com os grupos, onde passamos a pôr no papel, as principais ideias que compunham nosso território. No meu grupo faziam parte: Clarice, Daniela, Isabel, Graciela e Fabiola. Já que cada uma de nós tinha ideias e visões diferentes do mesmo território, foi possível construir um Mapa Falante bem interessante e rico em informações e detalhes.

Território - Promoção V

A UPP de Promoção V entrou este semestre com o tema do "Território". 

Em semestres anteriores o território explorado pelos alunos foi o da Rodoviária de Porto Alegre, este ano, no entanto, o prof. Roberto resolveu que deveríamos ir para arredores do Mercado Público no coração da cidade.

Este foi o primeiro dia, na qual fizemos o reconhecimento da área que estudaríamos.

Conforme Pekelman, 2004, Território, para diversos autores da saúde coletiva, é espaço da produção da vida, portanto da saúde. Vários estudos de saúde pública têm apresentado também como seu objeto central o território, definido como espaço geográfico, histórico, cultural, social e econômico, sendo coletivamente construído e constituído. 

A turma foi dividida em dois grupos, na qual cada um desses passou a fazer observações utilizando todos os sentido: visão, audição,olfato, tato, etc.

Fizemos anotações a partir de então, e na aula seguinte, construímos o "Mapa Falante" de cada grupo.

Onde há fumaça...

Como já tinha falado no post anterior, uma lenda não surge do nada.

Estou de luto. Minha amiga faleceu. E foi no hospital Independência.

Onde há fumaça, há fogo.

Sem mais!








... "If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them out
Cause they're all wrong
I know better, cause you said "Forever
And ever", who knew"...

O estigma

Conforme o dicionário, a palavra estigma é definida por marca, sinal. Ou então cicatriz que deixa uma chaga, uma doença: os estigmas da varíola. Também pode ter significado figurado como marca infamante; labéu, ferrete: os estigmas do vício. Na botânica é a parte superior do pistilo e na zoologia o orifício respiratório dos insetos, dos aracnídeos. E por último ainda tem o significado mais religioso, ligado à Igreja Católica que são os ferimentos de Jesus Cristo.


O que vou falar neste post é sobre o estigmas que vemos todos os dias na saúde.

Vou historiar com um caso que tem acontecendo agora comigo...

Acredito que uma lenda não surge "do nada". 

Em Porto Alegre há dois hospitais que possuem péssimas famas, que é o hospital Vila Nova e o Independência. Ambos atendem pelo SUS. 

Pois bem, uma amiga minha internou em um quadro de pneumonia no hospital independência. Passou ( e ainda está lá) a mais de 45 dias. O quadro ficou MUITO crítico. Até o presente momento não sabemos qual será o desfeixo dessa história - visto que conforme os médicos, precisamos de um milagre para a reversão da situação. 

Enfim, certo dia comentei com uma colega da saúde coletiva e iria vistar essa amiga doente no hospital e ela me perguntou onde ela estava internada. Eu respondi e ela falou que o hospital Independência é péssimo, que quem entra vivo, sai morto, etc. Curiosamente eu já havia ouvido isso pelo menos meia dúzia de vezes.  Mas o que originou essa lenda? Um mau atendimento? Um profissional da saúde ruim? Uma morte? Várias mortes? Eu honestamente não consigo achar que tenha sido somente uma dessas opções, pois em TUDO que é lugar vemos atendimentos ruins, profissionais péssimos e mortes. Talvez tenha sido tudo isso e mais um pouco... 

A questão é que depois que o ocorre o estigma, raramente se consegue tirá-lo.  Minha amiga entrou "bem" para ser tratada. Está a beira da morte. 

Pedi para o meu marido que por favor, se um algum dia algo de ruim acontecer com minha saúde novamente, que jamais me leve para o Vila Nova ou para o Independência. Aconteça o que acontecer!

...


Ética médica

Após o caso de papel que a prof. Adriana nos passou em aula, fui pesquisar um pouco sobre o sigilo médico ( já que ainda não tem nada sobre ética e sigilo do sanitarista)...

Achei coisas bem interessantes e relevantes sobre o sigilo na medicina.

O segredo médico.
...Penetrando no interior das Familias, meus olhos serão
cegos e minha língua calará os segredos que me forem
confiados...
  Hipócrates, 460 a.C.

O segredo médico ou sigilo médico, é uma das formas de segredo profissional e se constitui numa das mais acentuadas e tradicionais características da profissão médica, sendo, talvez, o princípio ético mais rígido e ao mesmo tempo o mais observado e respeitado pelos médicos.

Sua observância remonta às Promessas de Hipócrates e está presente no dia-a-dia de cada médico, nas conversas entre colegas de profissão, em suas aulas, conferências, publicações científicas, depoimentos à policia e à Justiça etc. e assim deve continuar.

Pacientes e seus familiares, autoridades, familiares de médicos, enfim toda a sociedade, respeitam, apreciam e aplaudem o posicionamento médico ante o segredo médico.

Não há possibilidade do exercício da medicina sem a existência e a estrita observância do sigilo médico. Ele é a segurança do paciente !

Dentre as denúncias que chegam ao Conselho, a quebra do sigilo médico não figura entre elas, nem raramente!

O segredo médico pertence ao paciente sendo o médico seu depositário e guardador, somente podendo revelá-lo em situações muito especiais como: dever legal, justa causa ou autorização expressa do paciente.

O médico deve manter o segredo médico mesmo após a morte do paciente e, na hipótese de ser intimado a testemunhar, e para tal tenha que revelar sigilo médico, comparecerá perante a autoridade e se declarará impedido, ressalvadas as situações especiais citadas acima.

O revelar segredo médico sem justa causa ou dever legal, causando dano ao paciente, é crime!

(...)

 

Vídeo "Vida Maria"

Assistimos o vídeo "Vida Maria" em uma aula de tutoria. 

O vídeo é bem interessante. É possível se refletir sobre diversas situações da vida ao ver esse pequeno vídeo. A maioria desses pensamentos são de caráter pessimista e fatalista. A maioria das pessoas são assim, pois são reflexos da criação que tiveram de seus pais. Não é à toa que a música de Belchior, imortalizada pela voz de Elis Regina, nos fala: "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais". Entretanto não possuo essa visão tão determinista da vida assim. 

Acredito no livre arbítrio. Acredito que as pessoas, por mais enraizadas em uma determinada situação estejam, ainda podem fazer diferente. Sim, fazer diferente! Como? Já conheci inúmeros casos de pessoas que viveriam nessa ciranda de "vida maria", mas que com extrema força de vontade conseguiram fazer diferente do que estava prometido para seu destino. Creio que cada um faça seu destino, e que muitas vezes basta ter essa visão e MUITA força de vontade para fazer diferente.

E as oportunidades? Eu entendo que existe uma grande massa de indivíduos que não possuem nem 1/100 das oportunidades que eu tive e tenho, por exemplo. Mas por outro lado, tive o prazer de conhecer pessoas que construíram suas próprias oportunidades. E hoje são vencedoras, de uma forma ou outra.


Bored

Bem, o que eu posso dizer sobre o segundo semestre de 2013...

Como já foi comentado/reclamado por muitos dos colegas, o semestre tem sido extremamente cansativo - em todos os sentidos.

As aulas de maneira geral estão massantes, acho que foi o semestre que eu honestamente aprendi e absorvi menos até agora. Os professores (generalizando) "tocam a matéria" apenas pra vencer conteúdo, não se importando com o nosso aproveitamento. As aulas têm sido MUITO cansativas. O conteúdo está bem chato e da maneira que está sendo passado para nós, a compreensão fica ainda mais complicada.

Até meu blogfólio aqui, que eu costumava mantê-lo atualizado, esse semestre está pobre - a falta de motivação e a falta de tempo foram os motivos principais para isso. 


Fotos e momentos 2013/2

 Semana Científica HCPA
 Visita Parque Alím Pedro
 SIC PUCRS
 SIC PUCRS
 Master de Atletismo
  Master de Atletismo
  Master de Atletismo
  Master de Atletismo
 Molhando o bico entre aulas
 Confraternização Vigilância III
  Confraternização Vigilância III


 Aniver Clarice
Aniver Clarice